A Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente por meio do Escritório de Defesa Agropecuária informa aos produtores rurais para que intensifiquem o monitoramento de seus animais, especialmente, bois, cavalos e porcos para a incidência de casos de raiva.
A Inspetoria de Defesa Agropecuária de Rio Pardo, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural orienta os produtores a vacinarem o rebanho uma vez ao ano, comunicar a existência de abrigos de morcegos (cavernas, bueiros, ocos de árvore, furnas, casas abandonadas) na propriedade e notificar os casos de morte de animais com suspeita da doença, para a coleta de material e exame em laboratório. Além desses cuidados é preciso controlar a população de morcegos hematófagos.
A raiva é uma doença infecciosa de evolução aguda, causada por um vírus, quase sempre mortal, que se manifesta entre os animais por transtornos do conhecimento, aumento da excitabilidade nervosa e sintomas paralíticos. Transmite-se entre os animais, quase sempre através da mordida ou contaminação de ferimentos por saliva de animais doentes do mal. O vírus está contido em alta concentração na saliva, e demais excreções e secreções dos animais acometidos da doença, além de também no sangue.
Atinge o sistema nervoso de bois, cabritos, porcos, cavalos, ovelhas, gatos e cães. No bovino, a forma mais comum é a paralítica, porém, pode ocorrer a forma furiosa. O primeiro sintoma é o afastamento do animal do resto do rebanho seguido de coceira na região mordida, perturbação dos sentidos, tristeza, indiferença, baba espumante e viscosa com sinais que sugerem engasgo, movimentos desordenados da cabeça, manifestação de tremores musculares e ranger de dentes, movimentos de pedalagem dos posteriores e anteriores. Na maioria dos casos a doença causa a morte do animal entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas.
Na maioria das vezes a contaminação dos os animais herbívoros acontece através da mordida dos morcegos hematófagos.
Uma vez aparecendo os sintomas clínicos da doença, nada mais resta a fazer, a não ser isolar o animal e esperar pela sua morte, pois para a raiva não há tratamento. Entretanto, o diagnóstico definitivo só poderá ser feito através de exame laboratorial. Por isso, o exame deve ser realizado antes do animal ser sacrificado. Caso o animal morra entes que o exame seja feito, a morte deve ser notificada para a coleta de material.
Pessoas mordidas e/ou arranhadas por morcegos, cães, gatos, ou outros animais suspeitos de raiva devem procurar ajuda médica;
Não sacrificar o animal com sintomas nervosos;
Não colocar a mão na boca do animal que parecer engasgado;
Procurar imediatamente o posto médico quando sofrer agressão por animal doente, mas antes, lavar a ferida com bastante água e sabão (quanto pior o sabão, melhor);
Procurar posto médico para receber orientações sobre a vacinação;
A captura só pode ser realizada por pessoas treinadas;
A ferida feita pelo morcego forma um cordão de sangue, diferente de outras feridas;